sábado, 4 de outubro de 2008












"A gente não perde tempo na vida;
o que se perde é a vida, ao perder-se tempo ."
 

Provérbio árabe

Dança com taças





Dança associada à Dança do Castiçal. Muito utilizada em festas de casamento, aniversários, batizados, dançada preferencialmente com música lenta. Nesta dança, o fogo das velas representa a vida e ilumina partes do corpo da bailarina, que deve representar seu corpo como algo sagrado. Associada ao elemento fogo e às deusas Héstia e Nut.

"Ela dançou a dança das chamas e do fogo, a dança das espadas e das lanças; e ela dançou a dança das flores ao vento. Ao terminar, virou-se para o príncipe e fez uma reverência. Ele então, pediu-lhe que viesse mais perto e perguntou-lhe: 'Linda mulher, filha da graça e do encantamento, de onde vem tua arte e como é que comandas todos os elementos em seus ritmos e versos?"


"O Viajante" de Khalil Gibran Khalil

Dança do Bastão



A Dança do Bastão é a versão feminina de uma dança masculina chamada Tahtib.
É conhecida também como Raks Al Assaya. É uma dança folclórica, alegre, mais graciosa que a masculina.


As mulheres demonstram toda sua habilidade girando o bastão de várias formas sempre com muito charme e delicadeza. Ao dançar, a bailarina demonstra destreza, equilíbrio e sensualidade, e sua expressão deve ser de alegria.
A vestimenta cobre o ventre, como um vestido, que pode ser de vários modelos, com abertura lateral, ou não, justo ou mais folgado, entre outros. Acessórios como xales, cintos, enfeites de cabeça, brincos de medalhas são bem-vindos.
A curva da bengala deve estar geralmente pra baixo durante a dança. Mas também cabe lembrar que há bengalas sem essa curva, que se assemelham mais a um bastão. Qualquer um desses modelos é apropriado para dançar.

Dança com véu








Várias são as suposições a respeito da dança com o véu. Registros pictóricos revelam que, nos rituais antigos, as sacerdotisas dançavam envoltas por um véu. Retirá-lo era uma demonstração de que o mistério seria revelado, trazendo luz e sabedoria. Associado ao elemento Ar e às deusas Ísis, Afrodite ou Héstia, dependendo de como for utilizado.

Dança com Pandeiro



O pandeiro é um acessório cênico utilizado pela bailarina enquanto dança e é tocado apenas em alguns momentos para fazer as marcações da música. Ou seja, ela não toca o tempo inteiro como faz o músico com o pandeiro.


Ele serve para dar um charme a mais, para incrementar a dança.


Não deve ser tocado em músicas lentas ou taksins. Há quem o toque em solos de derbak, o que pode torná-los ainda mais bonitos, se bem executados.


Usar roupas alegres, geralmente com moedas. Pode ser dançada com um vestido baladi, que também é usado para a dança da bengala.


Nesta dança a bailarina realiza alguns movimentos da dança do ventre enquanto segura o pandeiro próximo ao quadril, acima do ombro ou da cabeça, por exemplo, como um elemento decorativo.


Realiza também batidas do pandeiro em diferentes partes do corpo, como mão, cotovelo, ombro, quadril, joelho, para marcar as partes mais fortes da música.

Meleah Laff



O nome significa lenço enrolado, e se originou no Egito, mais especificamente no subúrbio do Cairo e de Alexandria.


Dançada geralmente com um vestido, um chaddor e um lenço preto. O chaddor geralmente é de crochê, serve para cobrir o rosto e pode ser tirado no decorrer da apresentação.


O vestido, usualmente mais colado ao corpo, deve tampar o umbigo, e pode ser bordado ou não.


O lenço é preto, de tecido grosso e nunca transparente, podendo ser bordado ou não.


A bailarina inicia a dança coberta/ enrolada no lenço preto e durante a apresentação ela o solta para dançar com ele.


A dança com o lenço permite um jogo de “mostra e esconde”. Já que em alguns momentos a bailarina se enrola no lenço e em outros ela o manuseia. Ás vezes ela o enrola no quadril, outrora no tronco, destacando as formas de seu corpo. E às vezes brinca fazendo “gracejos” com as pontas dele.


A bailarina tem que ter habilidade para segurar e movimentar bem o lenço, para acrescentar charme e graça, caso contrário a dança fica poluída e prejudicada.


A dançarina masca chiclete durante a dança (tradicionalmente as egípcias costumam mascar goma de miske), dando um ar de irreverência e brincadeira à dança.


A música é sempre muito alegre e festiva, geralmente nos ritmos malfuf ou falahi.

Dança com Snujs


























Os snujs são címbalos de metal, usados um par em cada mão. Um deles se prende ao dedo médio e o outro ao dedão por meio de um elástico. O elástico não deve estar muito solto para não cair, e nem muito apertado para não prender a circulação sanguínea.


Eles podem ser tocados pelos músicos, ou então pela própria bailarina enquanto dança. Neste caso, requer grande habilidade da bailarina, que deve dançar e tocar ao mesmo tempo.


É um instrumento percussivo que pode acompanhar a música toda, apenas algumas partes e/ ou os breaks (paradas) da música. Geralmente as músicas mais indicadas são as mais aceleradas, mais animadas, com ritmos ou floreados bem marcados. Não é indicado tocar em taksins ou qualquer outro momento lento da música.


Os snujs dão um incremento à dança, já que dinamizam o ritmo e dão floreado à música. Mas é preciso conhecer bastante a música e treinar bem os toques para que o som fique bom. Pois caso contrário, a música e a dança ficarão poluídas.


Existem snujs prateados ou dourados, lisos ou com desenhos, pequenos, médios ou grandes. A escolha depende da preferência de cada um, bem como da habilidade, pois os snujs maiores requerem mais treino.


Com o tempo os snujs podem escurecer ou ficar esverdeados e para voltar à sua cor original, pode-se usar alguns produtos que são vendidos em casas especializadas de instrumentos.


São necessários alguns cuidados com o armazenamento para prolongar a qualidade do som e a aparência dos snujs. Por isso é importante não guardá-los úmidos e deixá-los envolto em algum tecido.


O bom som produzido pelo snuj acontece quando se toca um no outro e logo em seguida o som ainda continua reverberando no ar. Ou seja, quanto mais o som se estender no ar, melhor é a qualidade do snuj.






O costume de dançar com os snujs é muito antigo, e remonta aos rituais praticados no Egito, quando as sacerdotisas tocavam os snujs para energizar, trazer vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente. Podem ser tocados com todos os ritmos e não se exige um traje específico para tocá-los.

Dança do Jarro



A Dança do Jarro é uma dança com ligação ao elemento água, estilo que pode ser praticado de duas maneiras: como ritual e no folclore. Como uma dança folclórica, a bailarina representa e interpreta a rotina das beduínas, que caminhavam de sua tenda até o oásis, onde descansavam, refrescavam-se com a água do rio, pegavam um pouco de água em seus jarros e retornavam à sua tenda. É também conhecida como dança do rio Nilo. Como ritual, as mulheres cultuavam os elementos da criação, principalmente a água, elemento vital no antigo Egito. Era executada em cerimônias presididas pelos faraós à beira do rio Nilo, para pedir ao rio que inundasse as terras em suas margens, possibilitando as plantações e as boas colheitas. Representa fertilidade. Aqui, as músicas são mais lentas e se utilizam movimentos sinuosos, representando os banhos das Sacerdotisas.


Dentro dessa dança, o figurino típico das beduínas, o fallahi é um maksoum modificado, mais acelerado (ritmo árabe dos camponeses egípcios - dum kaka dum ka - pode ter variações) e os gestos representando banho, brincadeiras e sede, aliados ao charme, aos passos simples e alegres e à felicidade de estar desfrutando desse rio fértil compõem a Dança do Jarro. O fallahi não é ritmo obrigatório até porque, como disse, pode-se dançar com o jarro de uma forma mais lenta e ritualística em que a mulher se banha, de maneira a se purificar e se valorizar.

Dança da bengala ou Bastão (Raks Al Assaya)



É uma dança masculina, conhecida como a dança dos pastores. Uma das versões para as origens desta dança é o costume das mulheres imitarem os pastores tangendo seus rebanhos com bastões ou bengalas. Em algumas regiões, as mulheres reúnem-se ao final da tarde, em volta de fogueiras, e dançam alegremente com suas túnicas coloridas.
A dançarina precisa demonstrar sua destreza e equilíbrio, fazendo movimentos típicos com a bengala e também equilibrando-a em seu corpo. Outra versão para a origem desta dança é a dança de combate masculina, denominada de “Tahtib”. Deve ser dançada com o ritmo Saidi, e a vestimento adequada é o vestido justo ou folgado, preferencialmente com abertura laterais, para facilitar os movimentos. Como adereços, podem ser acrescentados xales com medalhas para os quadris. Associada ao elemento Terra.

Dança da serpente



A bailarina dançava com uma serpente de metal (muitas vezes de ouro), pois este animal era considerado sagrado e símbolo da sabedoria. Atualmente, vê-se algumas bailarinas dançando com cobras de verdade, mas isto deve ser visto apenas como show de variedades, já que nem nos primórdios da dança o animal era utilizado. Justamente por ser considerada sagrada, a serpente era apenas representada pelos adornos utilizados pelas bailarinas e pelo movimento do seu corpo.

Dança dos 7 véus



Dança que simboliza a descida da mulher ao seu mundo interior em sua busca por desvendar os mistérios da espiritualidade. Está associada ao mito da deusa Inana/Ishtar, que desceu ao mundo avernal em busca de sua sombra. Por cada um dos sete portais por onde passava, a deusa deixava cair um dos véus como representação de seus atributos: beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e o domínio sobre as estações do ano. Esta dança também era realizada pelas sacerdotisas em honra à deusa Ísis.

Os sete véus representam os sete graus de iniciação, os sete chakras corporais, as sete cores do arco-íris e os sete planetas. A bailarina inicia a dança com os sete véus ornando seu corpo e vai retirando um a um, simbolizando a abertura de cada chacra (deve iniciar pelo chacra coronário e finalizar no chacra da raiz).

A retirada de cada véu também representa o despertar da consciência e a evolução espiritual. As cores dos véus devem representar as cores dos chakras: vermelho (chacra da raiz), laranja (chacra umbilical), amarelo (Plexo solar), verde ou rosa (chacra do coração), azul (chacra laríngeo), lilás (chacra frontal), branco/dourado/prateado (chacra coronário). Por baixo dos véus, a bailarina deve trajar roupa de cor clara, preferencialmente branca ou lilás.

Dança do candelabro ou Castiçal (Raks El Shamadan):



Habitualmente utilizada em casamentos, nesta dança tradicional egípcia a bailarina equilibra um candelabro com as velas acesas sobre a cabeça e segue em frente ao cortejo dos noivos, iluminando o caminho do casal. Nesta dança, utiliza-se preferencialmente uma música lenta, para acompanhar a delicadeza dos movimentos associados a este instrumento. Dança associada ao elemento Fogo e às Deusas Héstia e Nut.

Dança com Punhal



Dança com um punhal de metal feito especialmente para a dança, também conhecido como adaga. Pode ser dourado ou prateado e é vendido em lojas especializadas em artigos pra Dança do Ventre.


Pouco se sabe sobre seu surgimento, mas há hipóteses de que tenha surgido na Turquia pelos ciganos.


Geralmente a bailarina entra com o punhal escondido na roupa e no meio da dança o retira dançando com ele.


Ela faz desenhos no ar com o punhal, e às vezes o prende em algumas partes do corpo como na boca, na cintura ou no peito.


Ás vezes no meio da dança uma ou mais bailarinas podem simular uma luta com o punhal.


Não se dança geralmente ao som de músicas muito animadas ou alegres, como solos de derbak ou músicas folclóricas. Usam-se mais músicas não muito aceleradas, e que tenham um certo grau de mistério, para combinar com a dança. Além disso, não há um ritmo definido para esta dança.


Pelo punhal ser um objeto que representa combate ou defesa, a dança pode acompanhar tal sentimento, ou seja, de alguém se defendendo, numa dança forte, carregada de sentimentos, bem expressiva.


Não há um traje específico, portanto pode ser dançada com uma roupa típica de dança do ventre de duas peças, bem como com um vestido.


A bailarina movimenta, manuseia e segura o punhal de diferentes maneiras durante a dança, sempre tentando dar uma interpretação introspectiva, de mistério, de luta, batalha, proteção.






Significado de alguns movimentos com o punhal:






- Punhal com a ponta para fora da mão: a bailarina está livre; com a ponta para dentro, está comprometida


- Punhal no peito: demonstração de amor
- Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: sexo
- Punhal na testa com a ponta para baixo: magia
- Punhal na horizontal da testa: assassino
- Punhal nos dentes: desafio, destreza
- Equilibrar o punhal no ventre: destreza
- Bater o punhal na bainha: chamado para dança
- Punhal entre as mãos, sinuoso: Homenagem a alguém da platéia

Maktub - (Marcus Viana)

Já estava escrito
No tempo e no espaço
Que a minha alma e tua
Uma luz seriam

Já estava escrito
Pelos milênios
Que no sagrado fogo da paixão
Nos consumiríamos

Sol do deserto
Queimando a areia
Tua presença é água
Que preserva a vida

Pomba selvagem
No azul da alma
Teu amor é luz
Que ilumina e cega

Já estava escrito
E Allah o sabe
Que a serpente mágica do amor
Nos faria deuses

Está escrito
Antes dos tempos
Que a vida vale apenas
Quando o amor nos toca

Música

Rica em percussão e ritmos cadenciados, a música árabe é marcada principalmente pela voz - e isso tem origem na forte tradição oral dos árabes. Existe uma ligação muito estreita entre os movimentos da dança do ventre e o som dos instrumentos. Os de percussão (tamborins, pandeiros) correspondem aos quadris; os mais melódicos (flautas) ao coração; e os harmônicos (rebecas, cítaras), à cabeça.


No Marrocos, a palavra usada para música é al-âla, que significa instrumento. Os estilos musicais do país são classificados como nuoba (erudito, em que o solista é acompanhado por coro ou instrumentos) e melhoun (popular, de poemas cantados).

Cada dança, um significado

Todos os detalhes da roupa usada na dança do ventre - incluindo maquiagem e bijuterias - procuram acentuar a feminilidade da dançarina.




Tudo deve garantir a graça de seus movimentos. A roupa é geralmente semitransparente e bordada com miçangas, paetês, lantejoulas, moedas e vidrinhos.


Para evidenciar o contato da dançarina com a mãe-terra, é preferível que ela não use sapatos. Mas pode abusar de pulseiras, braceletes, colares, moedas e brincos. E usar lenços sobre o rosto.




Nos países islâmicos, as dançarinas não podem ficar com o corpo tão à mostra nem mostram o umbigo. Elas usam collant bordado ou cinturão com uma pedra preciosa sobre o ventre.



Existem várias modalidades de dança do ventre, cada uma com um significado.




A dança da espada simboliza a abertura de caminhos e derrota de inimigos.



A do pandeiro serve para manifestar alegria, por isso é muito comum nas festas.





Já a dança da adaga ou punhal representa o sexo, a transformação e a morte.









A dança com snujs (címbalos de metal) serve para energizar positivamente um ambiente.










Na dos sete véus, cada um deles simboliza um portal - da beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e o domínio sobre o tempo -, que é ultrapassado à medida que a dançarina for despindo-se.




*A hora da união*


























De toda a parte chega o segredo de Deus
Eis que todos correm, desconcertados
Dele, porque em todas as almas estão sedentas, chega o grito do aguadeiro
Todos bebem o leite da generosidade divina
E querem agora conhecer o seio de sua nutris
Apartados, anseiam por ver o momento do encontro e da união
A cada nascer do sol oram juntos: muçulmanos, cristãos, judeus
Abençoado todo aquele em cujo coração ressoa o grito celeste que chama
'Vem. Limpa bem teus ouvidos e recebe nítida essa voz'
O som do céu chega como um sussurro
Não manches teus olhos com a face dos homens
Vê que chega o imperador da vida eterna
Se te turvaram os olhos
Lava-os com lágrimas pois nelas encontrarás a cura de teus males
Acaba de chegar do Egito uma caravana de Açúcar
E já se ouvem os sinos e os passos cansados
Silêncio. Eis que chega o rei que vai completar o poema.

Desconheço o autor

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Lenda Do Cavalo Arabe

A Lenda Do Cavalo Arabe Horse 1 Horse 1

Conta a lenda que o beduíno árabe, que vivia no
deserto, pediu a Alah um companheiro para dividir os
dias longos e as noites frias do deserto.

Alah compreendeu o anseio desse homem solitário e
resolveu dar vida a um ser, símbolo da criação.

Ordenou que se imprimissem numa única criatura, olhos
tão potentes quanto os da águia, faro tão sensível
quanto o do lobo, a velocidade da pantera e a
resistência do camelo.

Acrescentou ainda a coragem do leão, a memória
privilegiada do falcão, a elegância do andar da corsa
e a fidelidade do cão.

Alah chamou o Vento Sul e ordenou que ele soprasse
sobre um punhado de areia que estava em suas mãos.

Surgiu, então, o Cavalo Árabe para que Alah fosse
sempre louvado.

Tekrem Aynek



















"Tekrem Aynek"

"Que teus olhos sejam atendidos"!
(Expressão libanesa)

O AMULETO (autor desconhecido)

Um granjeiro pediu certa vez a um sábio, que o ajudasse a melhorar sua granja, que tinha baixo rendimento.O sábio escreveu algo em um pedaço de papel e colocou em uma caixa, que fechou e entregou ao granjeiro , dizendo:


"Leva esta caixa para todos os lados da sua granja,três vezes ao dia, durante um ano."


Assim fez o granjeiro.Pela manhã,ao ir ao campo segurando a caixa, encontrou um empregado dormindo, quando deveria estar trabalhando.Acordou-o e chamou sua atenção.Ao meio dia, quando foi ao estábulo, encontrou o gado sujo e os cavalos sem alimentar.E à noite, indo à cozinha com a caixa , deu-se conta de que o cozinheiro estava desperdiçando os gêneros.


A partir daí , todos os dias ao percorrer sua granja, de um lado para outro, com seu amuleto , encontrava coisas que deveriam ser corrigidas.


Ao final do ano , voltou a encontrar o sábio e lhe disse :


"Deixa esta caixa comigo por mais um ano , minha granja melhorou o rendimento desde que estou com o amuleto."


O sábio riu e , abrindo a caixa disse:


"Podes ter este amuleto pelo resto da sua vida."


No papel havia escrito a seguinte frase:


"Se queres que as coisas melhorem deves acompanhá-las constantemente".

A ÚLTIMA VONTADE DO REI HIBBAM

Naquele tempo, em Mokala, reinava o poderoso Hibban, um dos mais vaidosos monarcas que têm vivido em todos os tempos. Sua preocupação única era imitar os imperadores célebres e os vultos notáveis da História.
Ouvira ele contar que os soberanos mais famosos do mundo pronunciaram sempre, antes de morrer, palavras que se tornaram célebres. E não poderia ele, também glorificar a sua morte pronunciando uma frase notável, digna de figurar nos anais da História, uma frase fulgurante que ficasse perpetuada, através dos séculos, pela Fama e pela Glória?
Mas qual seria? Que deveria ele dizer aos súditos mokalenses no derradeiro momento de sua vida? Um conselho? Uma imprecação? Um pensamento famoso?
Na dúvida - e como não lhe ocorresse uma idéia aproveitável - mandou o rei Hibban chamar o seu talentoso secretário Salin Sady, homem de sua inteira confiança, e contou-lhe, pedindo-lhe absoluto segredo, o grande desejo de sua vaidade doentia.
Depois de meditar algum tempo, o digno secretátio respondeu:
- Conheço um verso de Masuk, o celébre poeta kurdo, que é magistral! Se pronunciar esse verso em dialeto kurdo, fará uma coisa original, nunca vista. Ademais, o verso a que me refiro, exprime um desejo nobre, um pensamento genial, digno de um verdadeiro rei.
- É exatamente um verso emocionante que mais me agrada e que melhor poderá servir ao rei de Mokalla. Mas qual é, afinal, o verso do grande Mazuk? Quero decora-lo.
E o inteligente Salin Sady ensinou ao bom monarca o verso magistral de Mazuk, o maior dos poetas do Afeganistão:
'Naib aq vast y harde nosteby katib.'
Cuja tradução (declarou Sady) seria: 'Esquecei meus erros, pois só errei com a intenção de acertar'.
Guardou o rei Hibban de memória o verso. Um dia sentindo-se muito doente, mandou chamar seus conselheiros, vizires, cadis e todos os grandes dignitários do reino e pronunciou sua última vontade, bem alto, devagar e solene para que todos ouvissem. E tão violenta comoção daquele momento, que o vaidoso rei morreu.
A cena impressionou profundamente a todos os presentes.
- Mas o que tinha dito o Rei Hibban? - perguntavam uns aos outros, pois ninguém conhecia o complicado dialeto kurdo.
Dez escribas registraram palavra por palavra, traduzida depois pelos doutores mais ilustres de Mokala. A tradução caiu como uma bomba no meio da nobreza.
Puderam rodos verificar, com assombro, que o poderoso rei, senhor de Mokala, havia dito, apenas o seguinte: 'Deixo tudo o que tenho para o meu bom secretário!'

O elemento feminino

Estava um mestre rodeado por seus pequenos alunos
quando um deles perguntou:
- Mestre, por que a beleza é representada por imagem de mulher?
Pôs-se a dizer o Mestre:
- Observe a natureza e veja que o belo nela se manifesta
através de elementos femininos:
Como seria o céu sem as nuvens, a Lua e as estrêlas?
Como se mostraria o Sol sem a luz?
O mar nos encantaria sem as águas e as ondas?
Os desertos, como seriam sem as areias e as pedras?
Os bosques teriam perfume sem as árvores e as flores?
O dia prometeria repouso se não houvesse a noite?
Que força teria o fogo se não tivesse as chamas?
Que frescor teria o solo sem a relva?
Que alívio teríamos no verão se não caísse a chuva?
Qual a beleza do inverno que não apresenta a neve?
Haveria romance no outono sem as folhas sopradas pelo vento?
A primavera e suas flores não é a mais linda estação?
Nossos corpos se moveriam se neles não corresse a vida?
O menino refletiu algum tempo e em seguida argumentou:
- Sim, são todos elementos femininos,
mas o senhor não falou sobre a mulher...
Respondeu-lhe o Mestre:
- Mas vou falar-lhe sobre o coração:
Nele estão a alma, a paixão e a alegria.
Nele está a beleza da cantiga que acalanta o homem...
e sua melodia é sempre uma Mulher...

A primeira pedra

Na cidade de Bássora vivia um sultão muito sábio, rico, generoso, cheio de bondade e valentia.
Um dia, esse sultão saiu para passear sozinho pelos arredores de seu palácio, quando avistou quatro homens, com atitude agressiva, rodeando uma mulher, que escondia o rosto com as mãos descarnadas.
Ao serem surpreendidos pelo soberano, ficaram mudos de espanto e medo.
- Que fez esta mulher? - perguntou, sereno, o sultão.
- É uma ladra ó senhor! - respondeu um dos homens - Foi pega por nós roubando frutas de seu pomar.
- Roubei para meus filhinhos - soluçava a mulher - eles têm fome...
- A lei é clara, ó rei generoso - interrompeu-a um dos homens - diz que se deve cortar a mão direita do ladrão. Estou bem certo, ó rei, que é esse castigo que cabe a esta pecadora.
- Na minha opinião, esta pobre mulher deve ser perdoada, afinal, só quis pegar comida para os filhos. E, uma mãe desesperada que rouba para matar a fome de um filho merece nossa simpatia e faz jus ao nosso perdão. Mas, como a lei deve ser obedecida, ela vai ser castigada com impiedoso rigor. Penso, porém, que o castigo dado a um ladrão ainda é pouco para este pecado tão grave que esta infeliz cometeu. Determino que ela seja imediatamente apedrejada!
Esta determinação causou total espanto entre os homens, afinal, um sultão tão bom iria dar um castigo tão rigoroso como este?
- Vizir, atire a primeira pedra!
- Mas eu não tenho pedra alguma aqui, ó senhor!
- Então atirai esta que prende em seu turbante! - ordenou o rei.
Diante desta ordem, o vizir não teve outra saída. Com grande mágoa no coração, atirou a valiosa gema, que lhe servia de adorno, aos pés da mulher.
- Agora vós, Namã! Atirai estas pedras que brilham em vossos dedos!
- Os três homens, um a um, tiveram que se desfazer dos preciosos anéis que brilhavam em seus dedos.
Voltando-se para a mulher, disse-lhe o sultão:
- Apanhe todas estas "pedras" minha filha! Terás aí o que comprar, por toda a vida, o pão e o agasalho para seus filhinhos...Estás livre!
A pobre mulher, as lágrimas de gratidão escorrendo em seu rosto, beijou a mão do rei, tão bondoso, que era capaz de fazer a bondade, castigando ao mesmo tempo, quatro homens malvados, sem coração.

Entre a noite e a aurora



Silêncio, meu coração,
Que o espaço não te pode ouvir.
Silêncio, pois que os ares,
Carregados de gritos e lamentos
Não podem percurtir teu canto.
Silêncio, que as imagens que, fugazes,
Erram pela noite
Não darão atenção
Aos murmúrios dos teus segredos,
Nem as procissões de trevas
Se deterão ante os teus sonhos.
Silêncio, meu coração,
Até que a madrugada venha.
Pois quem, pacientemente,
Espera pelo despertar do dia,
O encontrará, por certo.
E quem ama a luz,
Pela luz será também amado.

 Khalil Gibran


Primeiro beijo






É o primeiro gole de néctar da Vida, numa taça ofertada pela divindade.
É a linha divisória entre a dúvida que engana o espírito e entristece o coração, e a certeza que inunda de alegria nosso íntimo.
É o começo da canção da Vida e o primeiro ato do drama do Homem Ideal.
É o vínculo que une a obscuridade do passado com a luminosidade do futuro; é a ponte entre o silêncio dos sentimentos e a sua própria melodia.
É uma palavra pronunciada por quatro lábios, proclamando o coração um trono, o Amor um rei e a fidelidade uma coroa.
É o toque leviano dos dedos delicados da brisa nos lábios da rosa - pronunciando um longo suspiro de alívio e um suave gemido.
É o começo daquela vibração mágica que transporta os amantes do mundo das coisas e dos seres para o mundo dos sonhos e das revelações.
É a união de duas flores perfumadas; e a mistura de suas fragrâncias, para a criação de uma terceira alma.
Assim como o primeiro olhar é uma semente lançada pela divindade no campo do coração humano,
assim o primeiro beijo é a primeira flor nascida na ponta dos ramos da Árvore da Vida.

KHALIL GIBRAM

Casamento





Aqui o Amor começa a traduzir a prosa da Vida em hinos e cânticos de louvor, com música que é preparada à noite para ser cantada durante o dia. Aqui a força do amor despe-se dos seus véus, e ilumina todos os recessos do coração, criando uma felicidade que só é excedida pela da Alma quando se encontra com Deus.
O casamento é a união de duas divindades para dar nascimento a uma terceira na terra. É a união de duas almas num amor tão forte que possa abolir qualquer separação. É aquela superior unidade que junta as metades antes separadas, de dois espíritos. É o elo de ouro de uma cadeia cujo começo é um olhar, e cujo fim é a eternidade. É a chuva pura que cai de um céu perfeito para frutificar e abençoar os campos da divina Natureza.
Assim como o primeiro olhar entre os que se amarão é como uma semente lançada no coração humano, e o primeiro beijo de seus lábios uma flor nos ramos da árvore da vida, também a união de dois amantes pelo casamento é como o primeiro fruto da primeira flor daquela semeadura.
Vós nascestes juntos, e juntos permanecereis para todo o sempre.
juntos estareis quando as brancas asas da morte dissiparem vossos dias.
Sim, juntos estareis até na memória silenciosa de Deus.
Mas que haja espaço na vossa junção e que os ventos do céu dancem entre vós.
Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão:
Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas.
Enchei a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça.
Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vós estar sozinho,
Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.
Dai vossos corações, mas não os confieis à guarda um do outro.
Pois somente a mão da vida pode conter vossos corações.
E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia;
Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro.

Casamento marroquino

























Para começar, num casamento tradicional marroquino não há misturas entre homens e mulheres. É cada um para o seu lado!
Às mulheres é reservada a sala principal, onde encontra-se a banda e a pista de dança. Os homens ficam numa sala à parte, com vista para a sala das mulheres.
A sensação é de que nesta cultura a mulher é tratada como um tesouro!
O melhor da festa é reservado às mulheres, elas podem dançar e divertir-se, elas são servidas em primeiro lugar e só depois de terem acabado a refeição é que os homens são servidos , as mulheres enfeitam-se com os melhores vestidos e jóias - tudo de uma ostentação de meter inveja à rainha de Inglaterra - enquanto que os homens aparecem mais sóbrios e discretos.
Outra diferença óbvia entre uma festa marroquina e uma européia: não são servidas bebidas alcoólicas!






Ramadan


























O Ramadan (nono mês do calendário Muçulmano) é um mês especial. É um tempo de reflexão, de devoção a Deus e de autocontrole. Para muitos, é um modo de autopurificação espiritual. Os muçulmanos jejuam durante todo o mês. O jejum começa quando o dia amanhece e termina no pôr do sol. Durante as horas do dia, não podem comer, beber ou fumar. Normalmente há uma refeição rápida (suhoor) no alvorecer e outra (iftar) no final do dia. Os marroquinos são proibidos por lei de desrespeitar publicamente o jejum e alguns são presos por este motivo.




















Quando o mês de jejum termina, há uma celebração, o Id-al-Fitr (banquete da quebra do jejum), que dura três dias, onde presentes são trocados e amigos e famílias se reúnem para orar e para fazer grandes refeições.

Souks





















Os souks (mercados marroquinos) são um emaranhado de estreitas passagens e túneis. As pessoas vão para os mercados, não apenas para comprar e vender mercadorias, mas também para socializar. Os souks têm muitas pequenas lojas lotadas com todos os tipos de artigos, que vão de especiarias a roupas. Devido às estreitas passagens, burros e bicicletas são a única maneira de transportar as mercadorias por dentro dos souks.

Rababah



























Rababah é um instrumento de uma corda simples com uma caixa sonora quadrada tocado como um violino. O rababah foi levado para a Espanha pelos Árabes e distribuído a partir dela para a Europa com o nome rebec. É usualmente referido que Al-Farabi (10° século) foi o primeiro a mencionar o rababeh. Entretanto,Ali de Isphahan mencionou que o rababeh era usado na corte de Baghdad 2 séculos e meio antes disso. Esse instrumento é cotado como como um dos precursores do violino Europeu. O medieval xelami é na verdade o Árabe Zulami. Um instrumento inventado em Baghdad no começo do século nono. A exabeba era uma pequena flauta lembrando a Árabe Shabbabe ou Al-naay. Al-naay é um termo Persa. Palavras Árabes para o mesmo instrumento podem ser beQaSaba, Shabbabe ou minjara. Al-naay é uma flauta vertical e um dos instrumentos mais antigos empregados na música Árabe. É apenas um simples tubo aberto feito de cana de açúcar onde o instrumentalista sopra diagonalmente através da abertura. Os "cachimbos de vento" ,flautas simples, datam de antes da idade da Pedra e foram achados em todo hemisfério ocidental em tempos antigos.

Violino













Instrumento europeu que foi adotado pela música Árabe no século XIX. No século XX ele já havia tomado o lugar da antiga rabeca de ponta de ferro, passando inclusive a usar o seu nome: kamanja ou kaman. A quantidade de músicos violinistas nas orquestras Árabes também aumentou desde a primeira metade do século XX: no início era apenas um, e hoje em dia, nas grandes orquestras, utilizam-se 12 ou mais.

Qanoon

















Uma cítara trapezoidal, que é posicionada no colo do músico, ou em cima de uma mesa especial, colocada em frente ao músico, que a tocará sentado.Vinte e cinco ou 27 conjuntos de cordas são esticados, da direita para a esquerda, sobre o instrumento (a maior parte destes conjuntos têm três cordas). As cordas são tocadas com a ajuda de duas pequenas palhetas presas aos dedos indicadores de cada mão.

Alaúde




















Seu nome vem do árabe Al-'Ud (cujo plural é "Udan"). Sua origem remonta ao século VII. Possui uma forma de meia-pera com "tiras de madeira, tem de 10 a 12 cordas, no passado, suas cordas eram feitas de seda e tripas. Atualmente, as cordas maiores são feitas de nylon, e as menores, de metal e seda. Nos tempos mais antigos, a palheta utilizada para tocar as cordas era feita de pluma de águia; atualmente, ela é feita de casco de búfalo ou de plástico. É considerado tradicionalmente o principal instrumento da música árabe, e ainda é muito utilizado. Mr. Farmer em "O Legado do Islam (1931) escreveu: "O legado do Islam para a Europa Ocidental em instrumentos musicais foi de grande importância.
Houveram muitos tipos distintos Árabes introduzidos. Com esses instrumentos vieram muitos benefícios. Menestréis Europeus, prioritariamente devido ao contato Árabe, apenas tinham a citara e harpa entre os instrumentos de cordas, e eles apenas tinham seus ouvidos para lhes gruiar enquanto entoavam. "A origem do al-'ud é um fato complexo de lidar. Há 6 teorias sobre a origem do al-'ud: Uma diz que é originariamente Sumério, a segunda diz que é Persa, a terceira que é Egípcia, a quarta que é Ariana, a quinta que é Judia e a sexta que é Akkadia do antigo Iraque.A palavra 'Ud vem da palavra árabe que denota madeira. Pinturas de instrumentos tipo 'Ud foram descobertas em ruínas no antigo Egito e Mesopotamia. Persas e Indianos o tocavam em tempos antigos. Entretanto, foram os Árabes (durante a era Abbasid), que melhoraram o 'Ud, chamaram-no assim e o passaram para o Ocidente.

Daff













Este é o "pandeiro árabe" (cujo pronúncia é dâff). É formado por uma moldura de madeira (de 8.5 polegadas de diâmetro e 2.5 polegadas de profundidade) revestida de madrepérola, com cinco conjuntos de címbalos (com 2.25 polegadas de diâmetro) colocados simetricamente ao redor da moldura, e coberto por uma membrana de pele (os de melhor qualidade utilizam pele de novilho ou de peixe). No final dos anos 80, um pandeiro feito de moldura de alumínio e coberto com plástico foi criado, e imediatamente adotado pela maioria dos músicos. No início dos anos 90, uma versão com moldura de madeira e cobertura de plástico foi introduzida (protótipos deste modelo existem desde os anos 70). Apresenta uma variedade de sons, que incluem a vibração completa (todos os címbalos vibrando juntos), a vibração parcial (um conjunto de címbalos vibrando isoladamente), e o toque sem vibração (nenhum címbalo vibrando). Na primeira metade do século XX era comum a utilização do duff como instrumento solo. Com o início da utilização do Derbak e dos bongôs na segunda metade do século XX, os músicos tiveram que desenvolver técnicas que enfatizassem o som dos címbalos, em vez do som da membrana, para destacar o pandeiro e não duplicar o som de outros instrumentos de percussão.

Tabla ou derback

É um tambor de uma cabeça que é tocado com as mãos e tem aproximadamente 40 cm de comprimento, é utilizado sempre pelos conjuntos e orquestras árabes, tem uma forma cilíndrica, com o pescoço afunilado, pode ser tocado tanto solto, apoiado no fêmur esquerdo do músico, e mantido no lugar certo com a parte de baixo do pulso esquerdo ou suspenso por uma corda sobre o ombro esquerdo e levado sobre o braço esquerdo. É batido com ambas as mãos e produz uma variedade incrível de sons, utilizando a cobertura (que pode ser feita de pele de cabra, bezerro ou peixe) ou a moldura. O corpo do instrumento é feito tradicionalmente de argila queimada. Desde meados dos anos 80, a cobertura de pele foi substituída por plástico, e o corpo passou a ser feito em alumínio, tornando-se esta versão a preferida da maior parte dos músicos. Este seria o principal instrumento de percussão da música árabe.





Narguilé











Narguile é um cachimbo de água utilizado para fumar. Além desse nome, de origem árabe, também é chamado de hookah (na Índia e outros países que falam inglês), shisha ou goza (nos países do norte da África), narguilê, narguila, nakla, arguile etc. Há diferenças regionais no formato e no funcionamento, mas o princípio comum é o fato de a fumaça passar pela água antes de chegar ao fumante. É tradicionalmente utilizado em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia. Há um fumo especial para narguilés, usualmente feito com tabaco, melaço (um subproduto do açúcar) e frutas ou aromatizantes. Os aromas são bastante variados; encontra-se de frutas (como pêssego, maçã-verde, coco), flores, mel, e até mesmo Coca-Cola. Embora também seja possível encontrar fumos não-aromatizados, estes progressivamente perderam espaço para os aromatizados, que hoje são muito mais populares.



























A roupa tradicional marroquina é o djellaba (jallaba em árabe, que significa atraente) que é uma veste longa, larga e de mangas compridas. Muitas mulheres ainda seguem a tradição Islâmica e cobrem o rosto com um véu. Os homens geralmente cobrem a cabeça com um tarbouch (também chamado fez pelos ocidentais) nas ocasiões formais. Os homens de descendência Berbere usam sandálias de couro de cabra, turbantes brancos e carregam elaboradas adagas entalhadas. Em casa e nos encontros sociais, as mulheres usam longas vestes chamadas kaftans. Apesar de a maioria do povo marroquino usar as roupas tradicionais, cada vez mais o estilo europeu vem se tornando popular.




















Uma casa tradicional marroquina tem sempre um pátio central, pavimentado com mosaicos em cores brilhantes, com uma fonte no centro. Os cômodos principais abrem diretamente para este pátio. As casas são geralmente mobiliadas com muitos sofás encostados nas paredes, cobertos com ricos tecidos marroquinos. O chão é coberto com espessos tapetes, sobre os quais ficam mesas redondas baixas para servir as refeições.

Por todo lado há almofadas e a refeição deve ser feita com todo conforto, pois no país, a hora da refeição é um verdadeiro evento social

Pratos típicos marroquinos


Os pratos típicos marroquinos são a harira, contundente e nutritiva soupa com carne, lentilhas e grão de bico e os tajines, guisados que recebem seu nome do recipiente de barro com tapa de forma cónique onde cuzinham-se carnes, legumes e peixes à fogo lento durante horas com azeite de oliva e espesiarias; um tajine de luxo para os dias de festa é o de ameixa, com carne de cordeiro, amênduas, gergelim e, claro, ameixas, cujo sabor mistura de salgado e doce resulta delicioso. Não menos deliciosos são o frango ao limão, uma pastilha, pastel de carne de pombinho especiada coberta de folhado e pingado de açúcar e canela, kebabs, as conhecidas brochetas que podem-se tomar em restaurantes ou nos populares barracos das ruas, troços de carne de rins, fígado de cordeiro ou boi à parrilha e as saborosas kaftas, muito similares a nossas almôndegas mais preparadas com carnes muito temperadas.
Para um muçulmano, ter mais do que uma mulher é sinal de poder e riqueza. A primeira esposa tem regalias relativamente às restantes: é selecionada pela posição social e pelos dotes e tem um papel importante na organização da casa; o marido só poderá casar de novo se ela concordar.



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